domingo, 24 de julho de 2016

O olhar do viajante

Cabe aqui dizer que existem vários tipos de viajantes, desde o mais afobado que quer ver tudo e muito rápido para caber no calendário, até aquele mais contemplativo que pára para olhar por vários minutos para um quadro na parede, por exemplo. Nenhum dos casos é um problema, vai tudo depender de ocasião e personalidade.

O que nos esquecemos é que no voltar da viagem que este olhar sobre as coisas pode ser mantido e voltamos novamente a rotina do trabalho e do dia a dia. 

Aí a sensação é de "que pena que aqueles dias passaram". É claro que temos nossas responsabilidades, além da moda do viver em alta performance e fazer tudo acontecer num curto intervalo de tempo. Mas é possível manter o seu olhar de viajante e tentar perceber o dia passar além de toda a rotina.

Dani, enquanto passeávamos em Joaquim Egídio, distrito de Campinas-SP
Percebe que às vezes passamos a semana tão na corrida que chegamos ao final de semana totalmente esgotados e sem vontade de fazer nada, simplesmente entregues ao Netflix e outros entretenimentos que não exigem o nosso esforço? Não me entenda mal, eu também adoro uma procrastinação, mas é mais uma questão de quantidade de tempo gasto o questionamento que faço agora.

É refletir sobre si e medir quanto tempo foi gasto procrastinando durante um dia de sol enquanto poderia ter levado o cachorro dar uma volta e ver a cara do dia (cuide bem da sua vitamina D). Ou mesmo, quanto tempo se ficou fechado no escritório sem nem dar uma volta por ai para perceber o mundo.

Utilizar o olhar do viajante é um treino. Quando a gente viaja tenta ver o que tem de legal na cidade para visitar, fazer, comer, observar e outros verbos legais, então porque não fazemos isso no dia a dia? Dia desses descobri que tem um centro nipo aqui na minha cidade que tem yakisoba do bom toda semana, por exemplo. Eu moro na "Cidade Orquídea" e nunca nem tive a idéia de ir até o orquidário (até agora). Cadê o meu olhar de viajante que me faz passear e conhecer o lugar?

Manter o olhar de viajante na nossa rotina não é fácil, pois é lutar contra um impulso comum de: "Opa, terminei o trabalho e agora mereço descanso". É tentar pensar: "Opa, terminei o meu trabalho e agora vou aproveitar o meu dia". É fazer uma escolha pensada, nem que essa escolha for de ficar em casa, tomar um vinho comendo queijo ou ver um filme. (o que também é muito bom)

Vamos deixar de ser zumbis da rotina?

Links:
- Cidade Orquídea: http://www.sumare.sp.gov.br/
- Vestido de Star Wars da Dani: http://www.todafrida.com.br/

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Viagens - Tamanho da Bota

Agora que você já sabe o seu tipo de pé e o tipo de calçado, existem mais algumas considerações antes de comprar um calçado.

A nossa escolhida foi a: BOTA.

A próxima preocupação é o TAMANHO que devemos comprar.

TAMANHO DA BOTA

Depois de ler muito sobre o assunto, vou ser sincera, só tem um jeito de saber, vá até uma loja e experimente. Não tenha vergonha, vista e saia pela loja andando. Algumas lojas possuem plataformas apenas para isso, que simulam terrenos diferentes.
A maioria dos textos que eu li sobre o assunto indicam que você deve comprar um número maior do que o seu. Assim uma pessoa que calça 38, como eu, deveria comprar uma 39.

Mas por que o número maior?

Muitas meias recomendadas para o Trekking são grossas, acredito que a grande maioria, o que pode apertar o seu pé se a bota for pequena. Lembre-se que depois de muito andar os seus pés também ficam inchados, o que reforça a teoria do número maior.
Agora se você, para evitar bolhas, usa uma meia mais fina com uma grossa por cima, vale a pena tentar a sua numeração normal.

Por isso você deve experimentar e pensar se aquele é o modelo ideal.

A bota deve ficar de forma que os dedos não batam na biqueira, e o pé não fique solto. Uma bota larga cria um atrito maior, logo mais bolhas, e, no caso de uma descida, os seus dedos podem deslizar até a biqueira, fazendo com que você ganhe algumas unhas roxas e até a perda delas (acredite, EU SEI!).


Você pode ler sobre isso, entre outras coisas legais no site Mochilando com Elas.

IMPERMEABILIDADE


Antes de mais nada, pense qual é a real necessidade de uma bota impermeável.
Se você vai para um lugar onde quase não chove, mas existe uma possibilidade remota de pegar chuva, talvez essa não seja para você.
As botas impermeáveis naturalmente são um pouco mais caras que as outras, por ter uma proteção extra. 

O Pedro do Alma de Viajante, explica que as botas impermeáveis possuem uma membrana de teflon , que é microperfurada. Esta membrana se chama Gore Tex, geralmente as botas com esta proteção possuem um indicativo com o nome. Basicamente, estes poros são tão pequenos que não permitem que a água entre, mas ao mesmo tempo permitem que o pé respire, evitando pés suados e bolhas.

É importante pensar nesse item, afinal qualquer um de nós pode aguentar o pé molhado por um curto espaço de tempo, mas em uma caminhada que vai durar o dia todo ou dias, você pode colocar em risco a saúde dos seus pés.

O Pessoal da Mundo Terra fez um vídeo explicativo muito bacana que fala um pouco sobre as botas e eu gostaria de compartilhá-lo com vocês.



Pesquisem e experimentem, não caia na besteira de apenas escolher o modelo que acha mais bonito.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Viagens - Tipos de Calçado


Não sei vocês, mas sempre que vou viajar tenho um problema sério com as famosas bolhas nos pés, portanto desta vez decidi pesquisar sobre calçados. Qual o melhor tipo para a atividade que vou fazer e os tipos de proteção.



Nada estraga mais uma viagem do que as famosas dores nos pés, juntando isso a bolhas em cima de bolhas, você tem a receita que te fará perder parte do passeio ou pelo menos atrapalhar.

Tendo em vista uma nova viagem a preocupação foi: CALÇADO.

Vou dividir um pouquinho desta pesquisa com vocês.

Mas vamos com calma, como este conteúdo é um pouco extenso, resolvi que seria melhor separar em alguns posts.

O primeiro ponto que percebi foi, que apesar de escolher calçados adequados para as atividades nem sempre optei pelo tipo adequado para o meu pé.

Vocês sabiam que cada pé tem um “modelo” diferente?

Então a dica é, antes de mais nada, saiba e entenda qual o seu tipo.


O pessoal do Blog Descalada, montou um diagrama onde fica muito fácil entender:




Tipos de pé



Muitas lojas possuem profissionais já especializados nesta avaliação, como pode ser um pouco difícil de achar, usando a imagem acima você pode ter uma noção do que procurar.

Quando falamos de um pé com Arco Normal ou Neutro, são pessoas com uma tendência a "virar o pé", desta forma o ideal é procurar botas com um maior controle de estabilidade.

Pessoas com o Arco Cavo ou Pé Supinado tem o pé virado para a parte de fora, devem procurar maior amortecimento, o que irá suavizar o impacto de cada passada.

Agora quando falamos de um Arco Plano ou Pé Pronado, essas pessoas tem a tendência de se cansar com mais facilidade, o ideal é procurar um calçado com maior controle de passada.

No geral cada fabricante especifica isso no seu produto, se possui ou não tal característica, mas se ainda assim você tiver dúvidas, vale consultar o especialista na loja.


Definido o seu tipo de pé, você deve pensar na atividade que pretende fazer. Afinal você não vai para um trekking de salto alto ou tênis de corrida, quer dizer, você até pode ir se quiser, mas seus pés não irão gostar disso.


O site Trekking Brasil, deu algumas dicas super bacanas quanto ao tipo adequado de calçado para cada atividade. Antes de mais nada alguns fatores devem ser levados em consideração na hora de escolher. Você deve pensar qual o lugar onde irá usar, tendo em mente o terreno, o clima e a distância. E além do peso do seu equipamento, qual é a finalidade do calçado.


Pensando nisso, podemos dividir os calçados em 4 tipos:

Papete: são usadas em trilhas de algumas horas, sem peso, para o calor, praia e rios. Seu uso é muito recomendado para visitar cachoeiras por exemplo (sem considerar uma trilha complexa aqui), elas irão proteger os seus pés das pedras no fundo da água.

Tênis: trilha de até um dia (alguns optam pelos tênis para percursos longos também), pouco peso, calor e terreno pouco acidentado. Pode ser uma boa opção para turistar pela cidade durante o dia.

Bota: trilha de mais de um dia, peso, calor/frio, terreno acidentado. Atenção adeptos a salto, não estamos falando deste modelo e sim de um calçado um pouco mais resistente, para um terreno acidentado, e que irá proteger os seus pés.

Bota mais técnica: trilha de vários dias, muito peso, frio/neve/gelo (somente em aproximação, para escaladas em gelo usem botas plásticas apropriadas para alta montanha), terreno variado. Estas botas dão uma proteção extra para você que irá exigir um pouco mais deste calçado.

Alguns desses itens podem ter um preço um pouco mais salgado, mas acredito que na hora da escolha você deve optar pela qualidade do material e pelo calçado mais adequado. É um item que não vale a pena você priorizar a economia e sim a segurança dos seus pés, pois eles te guiaram por toda a viagem. É claro, pesquise e vá a diversas lojas. Experimente e teste os calçados antes de comprá-los.

Gostou deste post? Em breve publicaremos a nossa continuação, fique atento e em caso de dúvidas, mande-nos nos comentários, quem sabe não aprendemos alguma coisa juntos!